Por elas

Retornar era necessário. Comecei esse pequeno blog no ano passado em um momento de uma pandemia mundial (que ainda estamos vivendo), e parei por motivos que não é preciso falar aqui. Mas o que me fez voltar a ter vontade de escrever é o que importa! Uma minissérie, cheia de mulheres incríveis, com suas histórias, suas lutas e seus estilos. 

Quando soube do projeto dessas três mulheres baianas fiquei encantada e comecei a acompanhar pelas redes sociais seu desenvolvimento e crescimento (porque era só como imaginava que iria, longe!). A Pagode Por Elas tinham um desafio e era mostrar o outro lado do meio musical tão conhecido na Bahia como o pagode, um meio dominado por homens. E pouco mais nesses 2 últimos anos na capital baiana as mulheres tem dominado os paredões e casas noturnas de Salvador.

Em 2019 a pesquisa da Pagode Por Elas confirmou que existe um público sedento para ouvir a música de mulheres no pagode da Bahia, só não sabiam onde elas estavam. 81% das pessoas que responderam a pesquisa gostariam de consumir mulher no pagode, porém, mais de 50% afirmou não conhecer cantoras mulheres. Sem referência sobre o assunto na mídia, mercado e academia, a plataforma precisou desenvolver o próprio repertório. 

Agora, 2 anos após a 1ª pesquisa, que contou com 627 pessoas, Pagode Por Elas lança a 2a versão da pesquisa de consumo sobre mulheres do pagodão, dessa vez a meta é que mil pessoas respondam e contribuam para a Nova Década do Pagode Baiano.

Responda a pesquisa de consumo sobre mulheres do pagode baiano.

Mas voltando a minissérie, realização da plataforma Pagode Por Elas (PPE) em parceria com DIVER.SSA e Skol Pagodão, essa série tem como protagonistas 5 vocalistas, A Dama do Pagode, Fernanda Maia, Daiana Leone, Rai Ferreira e Aila Menezes. Trazendo como pauta a representatividade feminina nesse gênero musical, mostra também um pouco de suas histórias, experiências e desafios. 

Segundo a co-fundadora da Pagode Por Elas, Joyce Melo, o descrédito e o machismo dificultaram a ascensão das bandas protagonizadas por mulheres. Nesse sentido, “esta minissérie, assim como a própria iniciativa Pagode Por Elas, surge com o objetivo de dar luz a uma nova década do pagodão”, explica Joyce.

Mulheres incríveis abrindo espaço junto a outras mulheres. 



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